sábado, dezembro 31, 2005

Bom Ano Novo


"Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre."

Texto de Carlos Drummond de Andrade
extraído do "Jornal do Brasil", Dezembro/1997.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

...


mandar xis...abraços...beijinhos
...um café à distância de um telefonema
...ouvir!
parece ser a "porra" da única coisa que tenho ao meu alcance...para tornar um pedacinho mais fácil, passar tudo o que se sente quando as alturas são "lixadas"!
P/

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Cultura natalícia


Desculpem-me a extensão dos post's anteriores...
...mas uma pitada de cultura no final do ano faz sempre bem, eheh!

Nozes, amêndoas, avelãs e afins...


A apresentação de uma grande variedade de frutos secos no Natal é mais do que uma questão gastronómica.Os frutos secos têm uma ligação muito forte e particular com o solstício do Inverno.
Na antiga Roma, eram um presente habitual durante as celebrações, eram especialmente apreciados pelas crianças, que os valorizavam quer como brinquedos quer como comida.
Os rapazes divertiam-se a jogar ao berlinde com eles. Entre as classes sociais mais elevadas, os frutos secos tornavam-se mais especiais por serem cobertos de ouro, e estes frutos secos dourados serviam quer como presentes quer como decorações.
Para os romanos, cada tipo de fruto seco tinha um significado especial. As avelãs evitavam a fome, as nozes relacionavam-se com a abundância e prosperidade, as amêndoas protegiam as pessoas dos efeitos da bebida.
Por isso, os frutos secos que colocamos à mesa no Natal são mais do que simples alimentos, é um antigo costume romano que promete a ausência de fome, pobreza e protege contra os excessos da bebida.

A Árvore de Natal

A primeira referência à Árvore de Natal, como hoje a conhecemos surgiu no século XVI e foi nesta altura que ela se vulgarizou na Europa Central.
Diz-se que foi Lutero (1483-1546), autor da reforma protestante, que após um passeio, pela floresta no Inverno, numa noite de céu limpo e de estrelas brilhantes, que trouxe essa imagem à família sob a forma de Árvore de Natal, com uma estrela brilhante no topo e decorada com velas, isto porque para ele o céu devia ter estado assim no dia do nascimento do Menino Jesus.
O costume começou a enraizar-se. Na Alemanha, as famílias, ricas e pobres, decoravam as suas árvores com frutos, doces e flores de papel (as flores vermelhas representavam o conhecimento e as brancas representavam a inocência).
No início do século XVII, a Grã-bretanha começou a importar da Alemanha a tradição da Árvore de Natal pelas mãos dos monarcas de Hannover. Contudo a tradição só se consolidou nas Ilhas Britânicas após a publicação pela “Illustrated London News”, de uma imagem da Rainha Vitória e Alberto com os seus filhos, junto à Árvore de Natal no castelo de Windsor, no Natal de 1846.Esta tradição espalhou-se por toda a Europa e chegou aos EUA aquando da guerra da independência pelas mãos dos soldados alemães.
A tradição não se consolidou uniformemente dada a divergência de povos e culturas. Contudo, em 1856, a Casa Branca foi enfeitada com uma árvore de Natal e a tradição mantém-se desde 1923.Como o uso da árvore de Natal tem origem pagã, este predomina nos países nórdicos e no mundo anglo-saxónico.
Nos países católicos, como Portugal, a tradição da árvore de Natal foi surgindo pouco a pouco ao lado dos já tradicionais presépios.Contudo, em Portugal, a aceitação da Árvore de Natal é recente quando comparada com os restantes países. Assim, entre nós, o presépio foi durante muito tempo a única decoração de Natal.
Até aos anos 50, a Árvore de Natal era até algo mal visto nas cidades e nos campos era pura e simplesmente ignorada. Contudo, hoje em dia, a Árvore de Natal já faz parte da tradição natalícia portuguesa e já todos se renderam aos Pinheirinhos de Natal!
Segundo uma antiga tradição alemã, a decoração de uma árvore de natal deve incluir 12 ornamentos para garantir a felicidade de um lar:
Casa: proteção
Coelho: esperança
Chávena: hospitalidade
Pássaro: alegria
Rosa: afeição
Cesta de frutas: generosidade
Peixe: benção de Cristo
Pinha: fartura
Pai Natal: bondade
Cesta de flores: bons desejos
Coração: amor verdadeiro

E biba o Norte...


" ...há um só banquete que desbanca todos os jantares de Paris,
mas que os desbanca inteiramente:
é a ceia de véspera de Natal nas nossas terras do Minho..."
Ramalho Ortigão
*o problema é a linha...

terça-feira, dezembro 20, 2005

19 amigos



Chic dream, nas comezainas,
Artes Múltiplas e Cão Danado, na conversa,
por fim Batô...e o som confortante de boa música...
Espero que para o ano o "pobo" esteja todo junto de novo!

segunda-feira, dezembro 12, 2005

A Vida é Bela

Para quem acha que a vida é bela ou pelo menos faz alguma coisa para que assim seja.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

dEUS



Divinal...
6 de Dezembro-Casa da Música

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Já fizeram o pinheirinho???

Gostei de tudo...


O presunto a abraçar a broa;
a mostarda duas pimentas a banhar os croquetes;
os rissóis e os bolinhos a lembrar tardes de infância;
o conforto do arroz de tomate e feijão;
o vinho tinto a aquecer a alma;
e por fim, é claro,
NÓS...

*Restaurante Rapósmolhos

quinta-feira, dezembro 01, 2005

amigas


uns telefonemas, um jantareco, 3 pessoas, conversas com mais ou com menos sentido, comida à fartazana, dividir fatias de tartes em 3 pedaços, provar o vinho (porque alguém tem de ser o "gajo" do grupo!), notar que há pessoas noutras mesas interessadas nas nossas conversas sobre tudo e sobre nada.. e pronto: vem-se para casa com a sensação que se fez o que se devia ter feito :)